quarta-feira, 3 de julho de 2013

A história por trás do nome

"Quis Custodiet ipsos custodes?"

Alan Moore
Por definição, vigilante é uma pessoa atenta, cautelosa. Seria eu, portanto, uma vigia, possuidora de tais características? Mesmo carregando esses atributos, a origem no nome não vem do dicionário, mas sim dos quadrinhos.
Alan Moore é um escritor inglês de histórias em quadrinhos, consideradas verdadeiras obras de arte para os amantes de HQs. Em 1986, Moore lançou, em parceria com a editora DC Comics,  a série "Watchmen", ou em tradução livre, 'Vigilantes'.

O drama conta a história de um grupo de heróis mascarados que decidem enfrentar o crime e em decorrência disso, são banidos por lei. A obra quebra os padrões dos "super-heróis" imaculados pelo público americano e coloca em pauta assuntos relevantes para a sociedade, assim como a política, acabando com a ideia que quadrinhos são para crianças.

Watchmen

Em 2009, uma adaptação cinematográfica foi feita, dirigida por Zack Snyder. Devo dizer que não sabia da existência da HQ até assistir sua versão para o cinema. Foi amor a primeira vista. O filme era simplesmente maravilhoso. Algum tempo depois, decidi ler a obra. Só então tive certeza de sua grandiosidade e riqueza de detalhes e soube que nunca havia visto uma película adaptada tão fielmente. Moore já constaria em minha lista de favoritos por ter escrito Watchmen, mas foi outra série que fez com ele ocupasse o topo absoluto.

Foi seu anti-herói que despertou em mim a admiração total e um respeito absoluto por seu trabalho. 

V for Vendetta
V for Vendetta, V de Vingança para os brasileiros ou apenas V para os íntimos foi lançado em 1982. Situado no futuro, em uma sociedade fascista no ano de 1997, a série conta a história do antigo prisioneiro da cela número 5, que por ser torturado e quase morto, veste a máscara de Guy Fawkes e promete a si mesmo que lembrará o povo Inglês e seus governantes do Cinco de Novembro e da "Conspiração da Pólvora". Ele denomina-se V. Obviamente, essa história também ganhou seu lugar nas telonas, com uma adaptação que, apesar de muito bem elaborada, não agradou muito.

Com um enredo magnífico, uma personagem que, apesar de usar uma máscara, não tem nada de caricata e é extremamente rica e bem estruturada, com analogias extraordinárias, Alan tornou-se, para mim, o maior escritor de novelas gráficas de todos os tempos.  


"Remember, remember de 5th of November, the gunpowder treason and plot. I know of no reason why the gunpowder treason should ever be forgot." 

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