quarta-feira, 19 de junho de 2013

A tentativa de calar o pensamento

(Relato escrito para a disciplina de Língua Portuguesa CSII, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul)

Comemora-se hoje, três de maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. Esta data, criada pela Unesco no ano de 1993, é comemorada todos os anos através de uma conferência que tem como propósito trazer visibilidade para a causa. 

Durante o período de ditadura, que teve seu auge nas décadas de sessenta e setenta do século passado, a liberdade de expressão foi "exilada" e "torturada", juntamente com os profissionais da mídia que ousaram desafiar a censura. 

O fim da ditadura não significou uma melhora substancial nas condições de trabalho dos jornalistas. Na última década, mais de 600 profissionais do jornalismo foram mortos em todo o mundo e o assassinato de apenas 121 deles foi solucionado. Esse fato mostra que todos os profissionais sofrem com a impunidade, mesmo atuando em países que se dizem liberais em relação à imprensa. 

A função dos jornalistas é informar, os fatos de forma verídica, limpa e clara e esse tipo de abuso é inaceitável, sendo que o ponto de vista de toda a sociedade é formado de acordo com a fala dos mesmos.
liberdade é essencial, seja na mídia ou na vida das pessoas. É através do pensamento que a exercemos. Se não pudermos pensar, não seremos livres.

                                                                                                 Por Mayara Zanella e Schaiane Sacramento 

O ato de tornar cidadão

(Artigo de opinião escrito para a disciplina de Língua Portuguesa CSII, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul)

Todos os dias, ouvimos e lemos nos jornais sobre a situação precária das penitenciárias brasileiras. Nossos presos vivem em condições lamentáveis, desumanas, em meio a doenças, sem higiene, no ócio, sem possibilidade de reabilitação. Assim como a realidade dos detentos, outro ponto entra em debate: a redução da maioridade penal no Brasil.

Entendemos que o adolescente e até mesmo a criança poderia e deveria ser responsabilizado pelos seus atos. Isso se dá pelo fato de compreenderem suas ações e as implicações das mesmas. 

Entretanto, vemos que o sistema governamental do nosso país é falho em inúmeros aspectos. Um deles é a abordagem da criminalidade. As cadeias deveriam propiciar aos condenados o mínimo de estrutura para que pudessem mudar o seu comportamento. A esses deveriam ser oferecidas oportunidades de aprendizagem que ocupassem seu tempo livre e não os permitisse pensar no crime. 

Hoje em dia, nem mesmo as escolas públicas têm estrutura suficiente para formar os jovens alunos. Muitos deles já vêm de famílias desestruturadas, com vínculos na marginalidade e não encontram suporte onde deveriam. 

Não podemos pensar que a cadeia, como a conhecemos hoje, é o melhor lugar para os mesmos. A eles deveriam ser oferecidos incentivos para abandonar a criminalidade, mostrando-lhes que outros rumos recompensadores podem ser seguidos. Ao invés da prisão, o governo deveria implantar programas com a finalidade de "re-educar" esses jovens e dar-lhes a oportunidade de continuar. Só assim, estaríamos punindo-os corretamente, tornando-os cidadãos e não mandando-os para um caminho sem volta.


                                                                                                 Por Mayara Zanella e Schaiane Sacramento

O Príncipe e o Sapo

(Crônica escrita para a disciplina de Língua Portuguesa CSII, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul)

Algum tempo atrás, estava eu lendo o jornal quando uma reportagem me chamou a atenção: um menino, muito fã da famosa "Saga Crepúsculo", que, ao meu ver, satiriza os vampiros, mordeu sua colega, ferindo-a seriamente. A notícia me espantou de uma forma ímpar. Fez-me pensar na influência que esses livros e filmes têm sobre crianças e jovens. Mas por quê?

Quando a palavra vampiro vem à mente, só consigo pensar em um: Drácula. Este sim é o orgulho da classe. Pode ser definido com uma só palavra: aterrorizador. Gera medo e pavor, é um assassino nato e cumpre sua função de monstro maravilhosamente bem. 

Hoje em dia, este tal de Edward é capaz de controlar seus instintos mais primitivos, é amoroso, meigo, compreensível e como se tudo isso não bastasse, ele brilha no sol.

Veja bem, não consigo compreender porque nossa sociedade tende a transformar histórias de terror em contos de fada. Mascaramos os monstros, damo-lhes uma nova roupagem e os transformamos em príncipes só para descobrirmos que ao beijá-los, tornam-se sapos novamente.

                                                                                                 Por Mayara Zanella e Schaiane Sacramento