quarta-feira, 19 de junho de 2013

O ato de tornar cidadão

(Artigo de opinião escrito para a disciplina de Língua Portuguesa CSII, do curso de Comunicação Social - Jornalismo, da Universidade de Caxias do Sul)

Todos os dias, ouvimos e lemos nos jornais sobre a situação precária das penitenciárias brasileiras. Nossos presos vivem em condições lamentáveis, desumanas, em meio a doenças, sem higiene, no ócio, sem possibilidade de reabilitação. Assim como a realidade dos detentos, outro ponto entra em debate: a redução da maioridade penal no Brasil.

Entendemos que o adolescente e até mesmo a criança poderia e deveria ser responsabilizado pelos seus atos. Isso se dá pelo fato de compreenderem suas ações e as implicações das mesmas. 

Entretanto, vemos que o sistema governamental do nosso país é falho em inúmeros aspectos. Um deles é a abordagem da criminalidade. As cadeias deveriam propiciar aos condenados o mínimo de estrutura para que pudessem mudar o seu comportamento. A esses deveriam ser oferecidas oportunidades de aprendizagem que ocupassem seu tempo livre e não os permitisse pensar no crime. 

Hoje em dia, nem mesmo as escolas públicas têm estrutura suficiente para formar os jovens alunos. Muitos deles já vêm de famílias desestruturadas, com vínculos na marginalidade e não encontram suporte onde deveriam. 

Não podemos pensar que a cadeia, como a conhecemos hoje, é o melhor lugar para os mesmos. A eles deveriam ser oferecidos incentivos para abandonar a criminalidade, mostrando-lhes que outros rumos recompensadores podem ser seguidos. Ao invés da prisão, o governo deveria implantar programas com a finalidade de "re-educar" esses jovens e dar-lhes a oportunidade de continuar. Só assim, estaríamos punindo-os corretamente, tornando-os cidadãos e não mandando-os para um caminho sem volta.


                                                                                                 Por Mayara Zanella e Schaiane Sacramento

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